segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Na onda dos prédios verdes

por Daniela Pessoa 

Seguindo padrões de construção sustentável, os edifícios verdes estão conquistando os cariocas. O ator Bruno Gagliasso é um dos que investiu na causa. O novo lar do galã, que está sendo construído em São Conrado com piscina aquecida naturalmente e teto que favorece a iluminação natural, tem o projeto sustentável assinado pelo arquiteto Marcio Kogan. Até agora, no entanto, o grande filão do mercado verde tem sido os empreendimentos comerciais. O primeiro do Brasil a ganhar certificação verde é carioca, o Edifício Cidade Nova (Rua Ulisses Guimarães, 565). Nos próximos dois anos, quase metade dos lançamentos corporativos na cidade (40,8%) será de prédios ecológicos, de acordo com estudo da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Mais do que uma jogada de marketing das construtoras para valorizar os imóveis, que acabam saindo entre 2% e 7% mais caros na compra ou aluguel, os prédios verdes ajudam, de fato, a preservar o meio ambiente. E os atrativos vão além. 

Apesar de mais caros, os edifícios sustentáveis garantem, a longo prazo, economia de até 30% na conta de luz e 50% na de água. Isso porque, para ser considerado verde, um empreendimento precisa adotar conceitos de sustentabilidade como reaproveitamento de energia e água.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

2º Galeto do Rotaract

           No domingo, dia 27/11, às 11 horas no Rancho Bethesda, será feito o 2º Galeto do Rotaract com o objetivo de arrecadar fundos para mais uma ação no social. a primeira edição do evento foi um sucesso, e contamos com a sua presença para que a segunda também seja! 


ingressos podem ser adquiridos na Phator Imóveis

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Animais em condomínios


Por Rodrigo Karpat*
A manutenção de animais em condomínios é umas das grandes causas de discórdias e brigas nesse ambiente. Porém, o que deve ser observado não é o tamanho do animal e sim se ele é prejudicial de alguma forma ao condomínio. Ou seja, se ele traz algum risco a segurança ou a saúde dos moradores.
Não basta a alegação de que o cão é grande ou de que late de vez em quando para restringir a permanência do animal no condomínio. Um “pit bull” pode trazer menos incômodo do que um mini poodle que late de forma intermitente.
Algumas convenções e regimentos internos proíbem a permanência de animais em condomínios, outras restringem o tamanho do animal estabelecendo permissibilidade apenas para animais de pequeno porte, e outras, de forma acertada, proíbem somente os animais que causem transtornos ao sossego, à saúde e segurança dos demais moradores do prédio.
Neste sentido, na Apelação 2385004800 (de 02/06/2009), julgada pela TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) na 1ª Câmera de Direito Privado, o relator Desembargador Paulo Eduardo Razuk entendeu que “Quando se trata de animais domésticos não prejudiciais, não se justifica a proibição constante do Regulamento ou da Convenção de condomínio, que não podem, nem devem, contrariar a tendência inata no homem de domesticar alguns animais e de com eles conviver.”
Todo condômino tem o direito de usar e fruir de sua unidade autônoma condicionado ao respeito das normas de boa vizinhança, de forma que não cause dano ou incômodo aos demais condôminos e desde que não a use de forma nociva ou perigosa ao sossego, salubridade e a segurança dos demais condôminos (Artigos 10º e 19º  da Lei 4591/64 e Art. 1.335 do Código Civil).
Ou seja, manter animais em unidades condominiais é exercício regular do direito de propriedade (Artigo 1228 e seguintes do Código Civil), o qual não pode ser glosado ou restringido pelo condomínio. O limite ao exercício do direito de propriedade é o respeito ao direito alheio ou direito de vizinhança.
 Neste caso a manutenção do animal no condomínio somente poderá questionada quando existir perigo à saúde, segurança e salubridade aos demais copossuidores.
Assim, é anulável a decisão de assembleia que vise proibir animais de pequeno e médio porte ou restrinja a circulação destes animais no colo ou com focinheira nas dependências do condomínio.  Exigir que o animal seja transportado apenas no colo, de focinheira, pode levar o condômino a situação vexatória o que é punido pelo Código Penal.
Imagine uma senhora com limitação de locomoção de 80 anos sendo obrigada a conduzir seu cão somente no colo.
Neste caso o condômino deve lavrar um Boletim de Ocorrência na delegacia de Policia mais próxima e ingressar com ação de natureza cível objetivando garantir seu direito de circular com seu animal , com guia, de forma respeitosa, no trânsito de sua unidade a rua, sem que para isso seja obrigado a passar por qualquer situação vexatória.
A circulação de animais com focinheira no Estado de São Paulo é regulada pela Lei nº 11.531/03, restringindo-se as seguintes raças "pit bull", "rottweiller" e "mastim napolitano".
Assim, não é permissivo ao síndico ou a assembleia deliberar em detrimento ao direito de propriedade. Comparativamente seria o mesmo caso que a assembleia limitar o tamanho do automóvel que pode ser estacionado na garagem ou limitar a número de moradores em uma unidade. O direito de propriedade no primeiro caso permite que dentro dos limites de uma vaga seja estacionado qualquer automóvel, desde que respeitado a segurança e salubridade. Porém, poderia ser restringida a guarda de um mini automóvel que estive causando danos a saúde dos demais em face de problemas com emissão de poluente, por exemplo.
Este mesmo exemplo se aplica a manutenção de animais, o que importa não é o tamanho do animal e sim sua condição e o incômodo aos demais moradores. Já vi um poodle ser removido de um apartamento face aos latidos intermitentes e a manutenção de um “pit bull”.
*Rodrigo Karpat é advogado e especialista em Direito Imobiliário e administração condominial –  rodrigo@karpat.adv.br